A ABERT, a SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão) e a ABRATEL (Associação de Emissoras de Rádio e TV) defenderam que a melhor solução para a convivência entre a tecnologia 5G e o sistema de televisão com recepção por satélite (TVRO) é a migração das recepções domésticas da Banda C para a Banda Ku.
As entidades apresentaram contribuições à Consulta Pública nº 9 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que trata do edital de licitação sobre as faixas de espectro que serão destinadas ao 5G no Brasil. O prazo para apresentação de contribuições terminou na sexta-feira (17).
Desde o início das discussões técnicas envolvendo o 5G, as entidades demonstraram preocupações com a necessidade de assegurar e preservar os sinais de TV aberta recebidos por meio de sinais de satélite (TVRO). Outra preocupação é sobre a necessidade de o edital do 5G garantir a adoção de medidas de tratamento de potencial interferência prejudicial na recepção do sinal de TV aberta por satélite.
Segundo o diretor de Tecnologia da ABERT, Luiz Carlos Abrahão, “após ampla análise e estudos de impacto técnico, social e econômico, concluímos que a solução de migração das recepções domésticas de TVRO da Banda C para a Banda Ku é a política pública mais adequada, conveniente e eficiente a ser adotada no edital de licitação da faixa de 3,5GHz. O 5G é importante para o desenvolvimento do país, mas nossa preocupação é quanto à implementação de uma política pública que possa colocar em risco o acesso da população à televisão aberta por satélite, serviço essencial, livre e gratuito, que leva informação, esporte e entretenimento para a sociedade”, afirma.
Abrahão explica ainda que a migração da TVRO para a Banda Ku está alinhada à política pública do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) de buscar uma solução de eficiência técnica e econômica, e à tendência mundial de utilização racional do espectro.
As contribuições da radiodifusão estão disponíveis no site da Anatel. Para acessá-las, clique AQUI