As experiências extremas enfrentadas em períodos de isolamento nos oceanos e mares mundo afora foram relatadas pelo navegador e escritor brasileiro Amyr Klink, convidado da edição especial de quarentena do AESP Talks, na terça-feira (21). Na palestra online, promovida pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), Klink contou histórias de superação.
Durante mais de uma hora, o navegador revelou sua história familiar, o desejo de viajar que o motivou a sair pelo mundo e a preferência por navegar pelas águas geladas do Continente Antártico. Klink abordou também formas de aplicar suas experiências no mundo corporativo e, em tempos de pandemia de COVID-19, deu dicas de como sobreviver ao confinamento.
Durante o bate-papo, Klink falou ainda sobre a importância do rádio em sua trajetória. Para ele, o rádio sempre foi companhia, instrumento de trabalho e meio de comunicação. Afinal, em lugares remotos, era a única ponte com a família, e também a imprensa, que acompanhava cada passo do trajeto.
Uma de suas memórias relacionadas ao veículo ocorreu durante a aventura que o notabilizou, quando atravessou, sozinho, o Atlântico Sul, em um barco a remo, em 1984. No caminho para a África, conseguia ouvir rádios brasileiras em ondas curtas. “Foi emocionante estar em um barquinho, no meio do oceano, e escutar problemas do trânsito de São Paulo”, revelou.
Anos depois, em viagens oceânicas, Klink inverteu a lógica. Passou a enviar material para as rádios brasileiras e aproximou o ouvinte de sua experiência no barco. “Então, foram as pessoas no trânsito de São Paulo que puderam ouvir minhas aventuras em mares gigantes, ao lado de icebergs e grupos de baleias”, afirmou.
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