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    Um edifício residencial de sete andares desabou em Fortaleza (CE), no fim da manhã da última segunda-feira (15). Imediatamente, as emissoras de rádio interromperam a programação usual e passaram a fornecer aos ouvintes informações em primeira mão sobre o cenário da tragédia. Mais uma vez, a radiodifusão assumiu o papel de prestar serviço de utilidade pública e mobilizar a sociedade.

    Em vez de músicas, notícias e entretenimento, os locutores passaram a divulgar, quase que simultaneamente, o início da operação de resgate de vítimas, os bloqueios no trânsito, as maneiras de contribuir com o salvamento.

    “Nossa emissora repassou todas as informações sobre procedimentos iniciais e também pediu silêncio aos ouvintes, para facilitar o resgate de vítimas”, explica a presidente da rádio O Tempo FM e vice-presidente da Associação Cearense de Rádio e TV (ACERT), Carmen Lúcia Dummar.

    Para ela, além de oferecer informação logo após as emergências, as emissoras têm de cobrar posicionamento dos órgãos responsáveis e ajudar no esclarecimento das causas, para evitar que episódios semelhantes se repitam.

    Proprietário da Rádio União FM, de Fortaleza, Sandoval Braga acredita que um dos trunfos do rádio na articulação de salvamentos é a facilidade de levar uma informação ao ar com rapidez e necessidade mínima de equipamentos. No caso do desabamento do edifício, relata, antes mesmo de um repórter da emissora chegar ao local, ouvintes enviaram relatos do acontecimento, ajudando a construir a história.

    A solidariedade diante da tragédia transbordou as ondas sonoras e rendeu resultados concretos. Após a divulgação das informações iniciais sobre o desastre na capital cearense, diversos voluntários recolheram donativos e improvisaram postos de atendimento nos arredores. “O rádio entra na nossa cozinha, na nossa rotina, passa a fazer parte da vida das pessoas com muita facilidade”, afirma Braga.

    Desde sua invenção, o rádio sempre esteve a serviço da integração social. Nos Estados Unidos, alertas sobre nevascas já salvaram milhares de vida. O vírus do Ebola foi contido na África graças a uma eficiente rede de radiodifusão. No Brasil, outros exemplos que ajudaram a salvar vidas: no Alto Vale do Itajaí (SC), há quatro anos, duas emissoras se revezaram no ar para ajudar a população local, ilhada por inundações, a encontrar abrigo.

    Chip FM

    A prestação de serviço em casos de calamidade pública é uma das justificativas do projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que prevê a inserção e ativação do chip FM em todos os celulares fabricados e montados no Brasil. A obrigatoriedade do chip FM é uma das prioridades da ABERT, que tem atuado junto ao governo federal e ao Congresso Nacional para que o projeto seja aprovado em definitivo.

    Para o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, a ativação do rádio FM é essencial para a população escutar a programação gratuitamente de onde estiver.

    “A população brasileira, em especial a de baixa renda, não pode depender de internet para ter acesso à programação do rádio FM no celular. Ter a função do rádio FM no celular não aumentará o preço do aparelho e será um grande aliado da população”, destaca Tonet.

    Após a aprovação pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara dos Deputados, o PL n° 8438/2017 aguarda apreciação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

    A migração das emissoras de rádio da faixa AM para FM será tema de debate durante a 25ª edição do Congresso Gaúcho de Rádio e Televisão, que acontece de 22 a 24 de outubro, em Canela (RS). O painel contará com a moderação do diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, e a participação de Vanessa Cristina Monteiro, especialista em regulação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de Samir de Oliveira Cunha Ramos, coordenador geral de Outorgas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). 

    Também serão abordados temas como a extensão da faixa FM, de modo a acomodar as emissoras remanejadas, e o Sistema Mosaico, ferramenta desenvolvida pela Anatel para automatizar a inclusão e o licenciamento de estações de radiodifusão. 

    Realizado pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), o evento promoverá, ainda, uma feira de equipamentos tecnológicos destinados ao setor de radiodifusão.

    De acordo com o presidente da AGERT, Roberto Cervo Melão, a iniciativa representa uma oportunidade de renovação do mercado de notícias. “O setor se transforma em uma nova história que está sendo escrita pela radiodifusão”, reforça.

    Entre os palestrantes confirmados estão o secretário especial de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, o CEO do grupo Jovem Pan, Roberto Araújo, e o comentarista de Economia da TV Globo, João Borges.

    O fundador da Escola de Marketing de Alta Performance e Inovação (EMAPI/Unisinos), Juan Pablo Boeira, e o diretor da empresa de educação corporativa Atingire, Edilberto Camalionte, também foram escalados como conferencistas. Representando o grupo RBS, estarão a vice-presidente de Produtos e Operações, Andiara Petterle, e o diretor de Marketing do grupo, Marcelo Leite.

    Maiores informações pelo telefone: (51) 3212-2200.

    SERVIÇO:

    25º Congresso Gaúcho de Rádio e Televisão

    Data: 22 a 24 de outubro

    Local: Hotel Vestena, Canela (RS)

    O Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional aprovou por unanimidade, na segunda-feira (7), parecer do conselheiro Sydney Sanches sobre a atuação das empresas de tecnologia no Brasil.

    De acordo com o texto, o Congresso Nacional e a sociedade devem discutir a responsabilização judicial de plataformas digitais como Facebook e WhatsApp, entre outras.

    O parecer segue a mesma linha de resolução do CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão), aprovada em 16 de julho, que reconheceu o Google, Facebook, Instagram e YouTube como veículos de divulgação ou comunicação, para os efeitos da legislação.

    De acordo com o CENP, “todo e qualquer ente jurídico que tenha auferido receitas decorrentes de propaganda" deve ser considerado veículo de mídia.

    O CENP estabelece regras comerciais do mercado publicitário em comum acordo entre anunciantes, agências e veículos, e, com a resolução, englobou também os sites de busca, redes sociais, vídeo, áudio, display e outros.

    Historicamente, Facebook e Google se definem como empresas de tecnologia, o que as isenta de responsabilidade sobre o conteúdo publicado, apesar das vultosas receitas publicitárias que recebem.

    No parecer, o CCS conclui que a equivalência de mercado entre os meios digitais e os profissionais permitirá uma maior responsabilidade na difusão das informações, "que são muitas das vezes descontroladas, nocivas e prejudiciais aos interesses coletivos e à democracia".

    “Nossa legislação é insuficiente e precisa ser aprimorada, buscando evitar que a monetização sem controle torne-se uma ferramenta para ações de desinformação e danos coletivos, que afetam a democracia e a segurança jurídica”, afirma Sydney Sanches.

     

    Durante dois dias, o SET Centro-Oeste 2019 reuniu radiodifusores, profissionais de rádio e TV e estudantes de engenharia e comunicação em Goiânia (GO), para discutir tecnologia e negócios para mídia e entretenimento.

    Organizado pela SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão), o evento foi o primeiro encontro regional após o SET Expo, que aconteceu em agosto, em São Paulo (SP).

    O SET Centro-Oeste teve nove painéis que abordaram, entre outros temas, os desafios e oportunidades do 5G, Sistema Mosaico da Anatel, modernização de emissoras, compartilhamento de infraestrutura, negócios e streaming.

    A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou o curso online “Jornalismo Local Sustentável”, que será realizado entre 21 de outubro e 13 de dezembro.

    A programação do curso - gratuito e aberto a jornalistas - prevê quatro módulos: Jornalismo local de qualidade; Territórios e comunidades; Ferramentas digitais para jornalistas; e Jornalismo economicamente sustentável.

    Os participantes aprenderão a explorar novas linguagens como dados, podcasts e vídeos produzidos com smartphones, a dominar técnicas para analisar redes sociais e a entender como funciona uma empresa de mídia e seus modelos de negócios.

    As inscrições para o curso já estão abertas no site http://jornalismolocal.abraji.org.br/

    Jornalistas e profissionais da comunicação estarão reunidos na quinta-feira (17), em São Paulo (SP), para o seminário “Desinformação: antídotos e tendências”.

    Promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), o encontro terá painéis sobre as chamadas “deepfakes”, última geração das notícias falsas, com a apresentação do especialista Sam Gregory de vídeos manipulados com o uso de inteligência artificial.

    A desinformação nas eleições e o papel da imprensa diante das notícias falsas também estarão em debate. Os painéis contarão com a participação de Daniel Bramatti, presidente da ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e editor do Estadão Dados e do Estadão Verifica; Ana Cristina Rosa, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Angela Pimenta, do PROJOR (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo); Patricia Blanco, do Instituto Palavra Aberta; entre outros.

    O seminário é gratuito e as vagas limitadas. Mais informações pelo email Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

    Empresários de rádio e TV e parlamentares participaram, na quinta-feira (10), da sessão solene em homenagem aos 39 anos da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em discurso, o presidente da ACAERT, Marcelo Corrêa Petrelli, destacou a credibilidade dos veículos profissionais de comunicação.

    "Os comunicadores são os grandes e verdadeiros influenciadores da opinião pública e, através dos nossos veículos, rádio, TV, jornal e portal, somos os grandes impulsionadores de vendas e resultados de marcas e anunciantes. Estamos alinhados com a transformação digital, entendendo que as redes sociais são importantes canais de comunicação, mas são nossos veículos as grandes referências na hora de informar, de checar os fatos, produzir informação, fazer a curadoria do conteúdo e nosso público reconhece essa credibilidade", disse Petrelli.

    Já a vice-presidente da ABERT, Marise Westphal, lembrou o papel da ACAERT na defesa dos interesses da radiodifusão de Santa Catarina.

    "Muitos são os temas que merecem a nossa atenção para que o rádio e a TV aberta continuem fortalecidos em nosso país. Parabenizo a ACAERT pela atuação contra ilegalidades cometidas por rádios clandestinas e comunitárias e pela valorização das pequenas emissoras, fortalecendo o setor e a programação regional. Outro ponto que não podemos deixar de citar é o empenho da ACAERT na missão de levar profissionalização e incentivo ao crescimento da radiodifusão em Santa Catarina”, afirmou. 

    O deputado Darci de Matos (PSD-SC), autor do requerimento para a sessão solene, ressaltou o trabalho da associação estadual nos quase 40 anos de existência.

    "Esse é um reconhecimento da Câmara dos Deputados pelo trabalho que a ACAERT faz em Santa Catarina, se preocupando com a comunicação, a informação, com o crescimento econômico e sustentável, e com a qualidade de vida da população catarinense", destacou o deputado.

    O secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elifas Gurgel, também participou da homenagem. Ao lembrar a importância do rádio para a sociedade, Gurgel ressaltou a necessidade de aprovação do PL 8438/17, que obriga a inserção e ativação do chip FM em todos os celulares fabricados e montados no Brasil.

    "O rádio traz credibilidade. O rádio brasileiro é um exemplo para o mundo. É o rádio que trabalha com muita seriedade para unir esse país", afirmou o secretário.

    A ACAERT representa 258 emissoras de rádio e 22 de televisão de Santa Catarina.

    A constante ameaça das notícias falsas está no foco do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que trabalha para impedir que a desinformação impacte nas eleições de 2020. O juiz auxiliar da presidência do TSE, Ricardo Fioreze, e a assessora-chefe de Comunicação, Ana Cristina Rosa, representantes do grupo gestor do Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, se reuniram na quarta-feira (9) com o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, a diretora de Comunicação, Teresa Azevedo, e o gerente jurídico, Rodolfo Salema, para traçar estratégias de enfrentamento a informações falsas voltadas às atividades da Justiça Eleitoral e às eleições municipais de 2020.

    O programa prevê uma série de iniciativas para capacitar a população a identificar e checar uma desinformação, estimular a compreensão sobre o processo eleitoral, incluindo o funcionamento da urna eletrônica, desestimular ações de proliferação de informações falsas e aperfeiçoar métodos de identificação de possíveis práticas de disseminação de conteúdos falsos.

    Spots, vídeos e banners serão disponibilizados pelo TSE para divulgação gratuita pelos veículos de comunicação e redes sociais.

    Parceria

    Instituído pelo TSE no final de agosto, o programa prevê o combate aos efeitos negativos provocados pela desinformação no processo eleitoral brasileiro com foco nas eleições municipais de 2020.

    Durante o lançamento, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, afirmou que o enfrentamento à desinformação exige a adoção de ações de curto, médio e longo prazos, apoiadas em diversas áreas do conhecimento humano.

    A ABERT é uma das 35 instituições parceiras do programa, que recebeu a adesão de segmentos da imprensa, telecomunicações, tecnologia da informação, provedores de internet, agências de checagem e partidos políticos.

    Representantes dos setores de radiodifusão e de telecomunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e parlamentares participaram, na terça-feira (8), da solenidade de assinatura da Lei nº 13.879/2019, que alterou a Lei Geral de Telecomunicações. Sancionada na sexta-feira (4), a nova lei retira, definitivamente, a possibilidade de cobrança do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) das emissoras de rádio e televisão.

    Em discurso no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro destacou que esta “é uma oportunidade ímpar de mudar o Brasil”.

    “Esse é mais um salto na questão das telecomunicações e, dessa forma, podemos ter um Brasil melhor. Porque é a comunicação o nosso elo entre presente e futuro”, afirmou Bolsonaro. 

    Também o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou que a nova lei possibilita a redução das diferenças do Brasil. 

    “A missão do MCTIC é conectar esse país. O PL 79 faz parte, exatamente, dessa possibilidade de reduzir as diferenças do Brasil, de começar a levar informação para todos os cantos do país. Isso passa por diferentes meios e vai mudar a nossa história”, disse o ministro. 

    O presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, comemorou a conquista para o setor.

    “Essa lei deixa claro que não há incidência do FUST sobre o serviço de radiodifusão. Isso é muito importante para a segurança jurídica de todas as emissoras de rádio e televisão. Estamos muito felizes com a sanção desse projeto, que agora é lei. É definitivamente uma conquista da radiodifusão. Um trabalho de todos que foi realmente muito exitoso”, afirmou Tonet.

    O Projeto de Lei nº 57/2018, que trata da regulamentação do mercado de vídeo sob demanda (VoD), foi tema de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, na segunda-feira (7).

    O projeto estabelece regras de organização e funcionamento do mercado brasileiro de VoD, como cotas, acessibilidade e classificação indicativa. O diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, participou da audiência e criticou o excesso de regulamentação da proposta, que, segundo ele, pode prejudicar o desenvolvimento do mercado no Brasil.

    “Não é adequada uma regulação tão densa como a que está sendo proposta. Na nossa avaliação, é muito importante que esse mercado floresça. Hoje o mercado de vídeo on demand já tem regulamentações básicas que permitem o crescimento e o desenvolvimento deste segmento. O VoD ainda está se modificando. Então é preciso ter cuidado para não regulamentar excessivamente um serviço que ainda está em transformação”, afirmou Flores.

    Também participaram da audiência pública o autor do requerimento, senador Izalci Lucas (PSDB/DF), o subsecretário de Competitividade, Concorrência, Inovação e Serviços do Ministério da Economia, Marcelo de Matos Ramos, e a secretária-executiva da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), Luana da Silva.

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