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    Entrevista – Ministro Paulo Bernardo

    No mês em que o rádio comemora 90 anos da primeira transmissão no Brasil, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo afirmou em entrevista exclusiva à Abert, quarta-feira, 12, ser favorável ao projeto que flexibiliza o horário de veiculação do programa “A  Voz do Brasil” nas rádios do país. A medida estabelece que as emissoras poderiam exibir o programa com início entre 19h e 22h. Produzida pela Empresa Brasileira de Comunicação, a Voz do Brasil existe desde a década de 1930 e veicula notícias institucionais dos três Poderes. Conforme Bernardo, a flexibilização democratiza a oportunidade do ouvinte de escolher sua programação.

    Ao exaltar os 90 anos do rádio  no país, o ministro afirma ser fã do meio de comunicação.” Sou fã e defendo a sua longevidade diante do fenômeno de aceitação do público e dinamismo que proporciona informação a milhares de ouvintes”. Ele disse ainda que existem 300 milhões de aparelhos no país. ”O rádio atravessou o século 20 com grandes contribuições, seja na área cultural, política e econômica. Muito já se falou que o rádio estaria acabando, porém o que vemos é que, mesmo com tanta tecnologia, ele continua firme na cozinha, no carro, nas caminhadas, na mesa do bar, enfim, em todos os lugares”, afirma.

    O ministro disse ainda que a escolha do padrão digital de rádio a ser adotado no Brasil deverá ficar para o próximo ano, para evitar precipitação na análise da alternativa mais adequada ao mercado de radiodifusão.

    Leia a seguir a íntegra da entrevista:

    Quais perspectivas o senhor vê para o rádio que completa 90 anos em um ambiente de convergência tecnológica?

    O rádio no Brasil e, acredito que em outros países também, é um fenômeno de aceitação de público, de sucesso, de dinamismo. Nós temos rádios que já completaram 90 anos, mas também com décadas de existência,  e com enorme respeitabilidade,  com agilidade no trato da informação. Então, se pensarmos no desenvolvimento pleno da tecnologia, da internet, quando as pessoas ficam com seus telefones, tabletes buscando informação momentânea,  e compararmos com as mídias tradicionais,  vemos que o rádio continua como um grande meio de propagação. Nós temos um público ouvinte quase universalizado. Quase todas as residências têm um rádio, e se multiplicarmos isso pelos outros dispositivos, estima-se em 300 milhões de aparelhos receptores de rádio no Brasil.

    As emissoras estão presentes em todos os municípios. O rádio é o meio mais próximo das pessoas, por isso, tem maior vinculação com os problemas comunitários. As grandes cadeias transmitem todos os acontecimentos do planeta também com muita competência. Quem de nós não tem boas lembranças de programas de rádio? Lembro- me que em 1958 ouvi a transmissão da Copa do Mundo,  ouvi o Brasil ser campeão mundial pelo rádio. Isso marca a vida da gente. Os locutores de rádio que fazem futebol são muito versáteis, descrevem tudo em 30 segundos, então era bem estimulante,  foi ótimo ter vivido essa experiência.

    Temos também as grandes revelações musicais, sem contar as novelas.  Na minha casa, passei a ter televisão quando já tinha 14 anos de idade, eu morava no interior, e a TV ainda não era tão presente.

    Mas as pessoas podem utilizar o rádio de diversas maneiras, no carro, cozinhando, caminhando, trabalhando. Já a televisão não temos como ter acesso em todos os lugares, principalmente nos veículos automotivos.

    Acho que temos que criar condições para que isso continue, o rádio é um fenômeno cultural de comunicação de massa. Então, a tarefa do governo é fazer boas políticas para que o rádio continue  se desenvolvendo.

    1) O projeto de flexibilização da Voz do Brasil só precisa ser votado no plenário da Câmara. Qual a sua opinião sobre o assunto?

    Eu já  manifestei a minha opinião no governo do ex-presidente Lula, quando aconteceram negociações, e à época o governo deu a sua aprovação para a tramitação. Não para acabar com o programa, mas para fazer uma flexibilização no horário entre 19h e 22h. Assim as emissoras escolheriam o horário para fazer essa transmissão. A minha opinião é que se o Congresso aprovar o governo tem que sancionar. É claro que  dentro do Congresso tem gente a favor e também contra a flexibilização. A flexibilização valeria muito a pena, acho que não prejudicaria  a divulgação dos trabalhos do Congresso, do Poder Executivo e do Judiciário, até porque não deixaria de existir.

    2) Como está a análise da migração do rádio AM para os canais 5 e 6 na área técnica do Ministério?

    Estamos fazendo a avaliação técnica mais afinada. Somos favoráveis e achamos que essa migração tem que ser feita, pois  não vai prejudicar ninguém, as emissoras que estão em faixas mais altas não serão prejudicadas, as AMs serão reacomodadas. Acredito que assim vamos resolver o problema de rádios que têm décadas de funcionamento. Já visitei emissoras com 75 anos de  existência, algumas delas são legendas, as pessoas no interior sempre ouviram, gostam e querem continuar ouvindo.

    Nós temos o processo de escolha do rádio digital,  sobre o que ainda não formamos convicção. A digitalização do rádio é muito mais complicada, porque a emissora tem que ter inicialmente a transmissão analógica, como é hoje, e tem que ter a transmissão digital. Precisa de investimento e a nossa preocupação é com as  pequenas emissoras, aquelas que estão no interior do Brasil.  E também com o usuário do rádio que precisa ter o receptor digital. Então, essa transição tem que ser muito bem pensada.  O que estamos achando é que vamos resolver o problema das rádios que transmitem em AM,  nesse percurso vamos continuar discutindo a digitalização do rádio, até porque se quisermos fazer com mais velocidade podemos ter um problema tanto na recepção quanto na transmissão, além de problemas econômicos para fazer a migração por parte dos empresários e dos ouvintes. Quanto (à migração) dos canais 5 e 6 somos favoráveis, acho uma boa medida, as rádios merecem por prestar um excelente serviço.

    3) Está confirmada a previsão de anunciar da digitalização do rádio ainda este ano?  

    Podemos adiar um pouco a decisão porque nós precisamos ter certeza do modelo a ser adotado, que ele seja viável do ponto de vista de todas as emissoras, não somente das grandes redes de rádio. Precisamos planejar também a transição para as pessoas. É muito bom que o Congresso nos passe o estudo que está sendo elaborado pela Subcomissão do Rádio, que está sendo elaborado na Câmara. Vamos chamar os radiodifusores, a indústria de rádio, precisa-se de recurso pra fazer essa transição, então tem que ter todo um planejamento, vamos viver por alguns anos com os dois sinais.

    4) O senhor acha que falta reconhecimento ao padre Landell de Moura pela criação do rádio?

    Sim. Sempre fui fã do rádio, assim como 70% da população brasileira. É preciso lembrar que o padre Landell de Moura, nascido no Brasil, desenvolveu a tecnologia de transmissão do rádio. Hoje é comprovado que foi o primeiro a desenvolver, antes do Guglielmo Marconi. O padre, infelizmente, não teve apoio, porque na época não existia política pública no Brasil. Se tivesse um pouco de financiamento para patentear e produzir os equipamentos, com certeza, o Brasil também seria considerado o pai do rádio, assim como também somos o país da aviação, com Santos Dumond, mas que não foi reconhecido porque, na época, não tínhamos políticas para isso. Nós, brasileiros, não podemos deixar de reconhecer que o Landell foi o inventor do rádio, a primeira pessoa a fazer a transmissão radiofônica há mais de 100 anos.

    Assessoria de Comunicação da Abert

     Na tarde desta quinta-feira, o mídia.JOR reuniu também Ariel Palacios, correspondente de O Estado de S. Paulo e da Globo News; Mílton Jung, âncora da rádio CBN; e Shasta Darlington, correspondente da CNN no Brasil, para debater o tema "Mídia eletrônica: os desafios da informação globalizada em rádio e TV" no Painel Diálogos VII. A discussão foi moderada por Thaís Naldoni, gerente de Jornalismo de IMPRENSA.

    Shasta Darlington começou falando da atuação da CNN dentro e fora dos Estados Unidos. Com as transformações no jornalismo, a emissora também teve que se transformar. "O mundo mudou muito, então a CNN também tinha que mudar".  Essa mudança foi observada principalmente nos canais que a emissora abriu para a participação de seu público, como o "iReport".  "Nosso alcance explodiu com essa plataforma", afirmou Shasta.

    Ariel Palacios seguiu o debate criticando os jornalistas que ainda se apegam ao passado, quando, na verdade, estamos vivenciando uma mudança. "Hoje em dia, os jornalistas têm que fazer de tudo", considerou Palacios. "Alguns jornalistas ficam nas discussões velhas. Esses profissionais, infelizmente, não estão pensando como sobreviver e como se adaptar", acrescentou.

    O correspondente do Estadão e da Globo News argumentou que os profissionais de imprensa devem se "preparar para esse cenário multimídia" que vem se configurando e, nesse sentido, a colaboração do público pode ser positiva. "Essa possibilidade de conversar com a audiência é muito interessante, é um conversa que fortalece o jornalismo", disse. No entanto, essa novidade traz mais um desafio.  "Agora, somos jornalistas 24 horas, porque às 23h, por exemplo, podemos receber uma mensagem de um internauta. Com isso, deixamos de ser jornalistas com horário fixo", disse Palacios.

    Milton Jung, por sua vez, falou sobre sua experiência em diversos tipos de veículos de comunicação, focando o rádio, que é o meio ao qual ele tem se dedicado nos últimos anos. "Falar sobre globalização envolvendo rádio já é desafio", ressaltou Jung.  "Hoje, somos ouvidos por todo mundo, porque a emissora está transmitindo na internet. Essa, para mim, foi a maior revolução", considerou.

    O âncora da CBN prosseguiu sua fala mencionando a relação entre jornalistas e ouvintes, no caso do rádio. "Com as novas tecnologias, a interação com o ouvinte é maior ainda. E isso é fundamental no jornalismo", afirmou. "Nós jornalistas ganhamos um grande parceiro, porque nossas fontes se ampliaram. Não dependemos mais de fontes oficiais", destacou Milton Jung. "O jornalista ainda é fundamental como mediador de todas essas mudanças. Se não estivemos prontos para isso, nossa profissão entrará em extinção. Mas acredito que estejamos nos movimentando para entender essa época", concluiu o jornalista.

     

    Para saber mais acesse: http://portalimprensa.uol.com.br/midiajor/home.asp

    Portal Imprensa

    Os estudantes  universitários de todos os cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC),  interessados em concorrer ao Prêmio SIP Universitários, que escolherá os cinco melhores trabalhos em vídeo, texto e fotos com o tema "Liberdade de expressão no nosso dia a dia", têm até o próximo dia 21 para fazer a sua inscrição. O desafio dos candidatos será registrar um episódio cotidiano que simbolize a liberdade de expressão no dia-a-dia.

    Os 15 finalistas participarão da 68ª Assembleia Geral  da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP),  que acontece de 12 a 16 de outubro,  em São Paulo. Os vencedores de cada categoria serão anunciados durante o jantar de premiação. O Prêmio SIP tem o patrocínio da J&F Jovem Universitário.

    A 68ª Assembleia Geral SIP contará com a presença de cerca de 600 jornalistas e empresários de comunicação de 34 países para debater o presente e o futuro da profissão. A assembleia discutirá assuntos como o tráfico de drogas e de armas, leis de imprensa, ética, discriminação na concessão da publicidade oficial, busca de um modelo sustentável de jornalismo, propriedade intelectual em mídias digitais, otimização das novas plataformas de trabalho, liberdade de expressão e direito à informação.

    Para saber mais acesse: www.sipuniversitarios.com.br.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Leonardo Stamillo, gerente de jornalismo da rádio CBN, Marcelo Lins, editor-chefe do Globo News Especial, e Heródoto Barbeiro, âncora da Record News, abriram o segundo e último dia do Mídia.JOR debatendo os desafios da cobertura 24 horas. Os três comentaram as características de seus veículos, o impacto da tecnologia na comunicação, o equilíbrio do noticiário local e nacional e a importância da participação do público.

    O painel Diálogos IV "Caminhos da Notícia - desafios da cobertura 24 horas" foi mediado por Théo Rochefort, diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT).

    Para Stamillo, fazer jornalismo 24 horas é fascinante e apaixonante, mas muito desafiador. No caso da CBN, ter uma equipe multidisciplinar é fundamental para tornar a flexibilidade da programação possível. “Temos 60 jornalistas. São 60 repórteres. Todo mundo sabe fazer e tem condições técnicas de ir pra rua, trazer o que ouviu e transmitir para o público”, explica.

    No caso do Globo News Especial, Lins explicou que, muitas vezes, é inevitável repetir algumas notícias ao longo do dia. “Buscamos tirar o peso do jornal”, diz. Ele ressaltou que o melhor caminho é fazer o simples. “O jornalismo muitas vezes se perde quando o jornalista se vê como dono da notícia e apenas como o cara que vai dar a luz para seu povo”, criticou.

    Lins defendeu ainda que é mais importante focar o conteúdo, e só em um segundo momento ver como trabalhá-lo. “Mais importante do que saber a plataforma, é a qualidade do que será produzido para ser lançado em diversas plataformas”, afirma. “O conteúdo é o que determina o sucesso ou o fracasso de qualquer veículo”, completa Stamillo.

    E em dias de "vacas magras"?

    "Atrair atenção em grandes coberturas é fácil. E quando não tem? O profissional precisa tornar atraente a notícia diária", apontou Lins. Stamillo explicou que rádio, por exemplo, tem a característica de rotatividade de ouvintes, o que obriga repetir algumas notícias muito relevantes ao longo do dia inteiro. “Mas sempre com um tratamento diferente, uma edição melhor, um novo cuidado, um algo a mais”, diz.

    Stamillo comentou o projeto “Seu bairro, nossa cidade”, que levou quatro repórteres da rádio a visitarem 96 distritos de São Paulo para ouvir dos moradores os problemas locais e traçar um raio-x de cada lugar. Para ele, em ano de eleição, por exemplo, todos os veículos fazem uma cobertura semelhante, no entanto, “o declaratório é muito pouco para ajudar o ouvinte a definir seu voto.” Stamillo afirma que a aposta da rádio é fugir da agenda. “Notícia virou quase uma commoditie”, diz.

    O projeto durou quatro meses e contou com debates mensais abertos ao público sobre os principais temas e matérias especiais na rádio. A iniciativa deu tão certo que vai virar quadro fixo semanal na CBN.

    Não dá para segurar a notícia

    Barbeiro brincou com o fato de “não saber onde trabalha”, explicando que com tantas plataformas integradas, o conteúdo produzido por ele circula com mais rapidez em inúmeros veículos e formatos. Para o jornalista, vivemos uma terceira revolução industrial, que impacta diretamente na comunicação. “Mesmo que haja censura do Estado, da imprensa, do veículo, do patrocinador, a notícia se propaga”, afirma.

    Barbeiro comemora as  transformações que colocaram na mão de jornalista, do cidadão, do eleitor e do contribuinte a possibilidade de participar. “É claro que o grande repórter existe, mas hoje ele tem muito mais colaboração. Não dá mais para segurar a notícia. Você vai querer esconder o óbvio?”, questiona. “E é dentro dessa realidade que nós jornalistas estamos mergulhados. Precisamos olhar pra isso ou seremos atropelados”, alerta.

    A plateia pergunta...

    Saber como a reação das pessoas nas redes sociais interfere na programação enquanto ela acontece foi uma das perguntas feitas aos participantes. "Quanto mais conseguirmos trazer o ouvinte para a produção das nossas pautas, melhor", afirma Stamillo, que também defendeu a importância do eco nas redes. “Enquanto estivermos recebendo críticas dos dois lados, estamos no caminho certo”, diz.

    Para Lins, é importante saber a reação. “É um balizador, mas não pode ser o único. Temos que olhar com bom senso, claro. Mas essas redes abriram um campo para pegarmos sugestões, tendências, que não pode ser ignorado”, defende.

    Com muitos estudantes presentes, saber se a formação da faculdade prepara para o jornalismo hardnews foi uma das questões. Para Lins, "a formação do jornalista só vai se dar quando ele, de fato, começar a trabalhar na práticas". Já Stamillo criticou a forma como esses profissionais chegam no mercado. "As pessoas chegam à redação bem tecnicamente e mal culturalmente. Isso não leva ninguém a lugar nenhum", diz.

    "Essa preparação não é só problema para jovem, é para todo mundo. Eu com 66 anos, me vi como foca na Olimpíada. Todos nós estamos sendo atropelados pelo mesmo caminhão", finaliza Barbeiro.

    A revista Imprensa iniciou as comemorações de seus 25 anos com o seminário mídia.JOR, que reuniu profissionais de comunicação que atuam no país e no exterior para discutir o futuro do jornalismo durante dois dias, em São Paulo.

    Na abertura do evento, Sinval de Itacarambi Leão, diretor da publicação, destacou as mudanças do jornalismo nas últimas duas décadas, mostrando como passado e presente se encontram na cobertura dos bastidores das redações de todo o país.

    Ele ressaltou o orgulho da credibilidade alcançada pela revista e pelo portal IMPRENSA nesses 25 anos, o que dá forças para que veículos independentes possam acompanhar as transformações das plataformas de comunicação atingindo seu principal objetivo que é acompanhar a evolução do jornalismo. O jornalista José Hamilton Ribeiro foi homenageado pelo trabalho de mais de 50 anos como repórter em veículos como Folha de S.Paulo, Realidade e TV Globo. O seminário contou com o apoio da ABERT.


    Para saber mais acesse: http://portalimprensa.uol.com.br/midiajor/home.asp

    Portal Imprensa

    Representantes de empresas e instituições e personalidades do país receberam nesta quarta-feira, 12/9, em São Paulo, o prêmio Marcas de Confiança, concedido pela Revista Seleções, que completa 70 anos. Na 11a. edição, o rádio lidera a preferência dos leitores da publicação com 67% dos votos.

    O meio é seguido de jornais, com 64%, de emissoras de televisão e de revistas, com 53%, e da internet, apontada por 50%. A pesquisa é realizada em parceria com o Ibope Inteligência e avalia a confiança em 36 categorias de produtos, 5 categorias especiais e 7 grupos de personalidades brasileiras.

    O evento reuniu executivos, publicitários, profissionais do mercado e empresários, entre eles, Roberto Duailibi, da agência DPZ, e Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Em nome das emissoras de rádio do país, a Abert foi representada por seu diretor de Comunicação, Théo Rochefort.

    Segundo ele, ao longo de 90 anos, o rádio conquistou a confiança das pessoas por discutir as questões locais das comunidades, com o conhecimento daquele que está próximo. "Com a força do voto popular, o prêmio reconhece essa longa história de confiabilidade", afirma Rochefort, que recebeu a premiação da editora-executiva da revista, Raquel Zampil.

    A pesquisa colheu a opinião de 1.500 pessoas, de todas as regiões do Brasil.


    Assessoria de Comunicação da Abert

    Na tarde desta quarta-feira (12/9), Ana Brambilla, editora de mídias sociais da Editora Globo; Felipe Machado, diretor de mídias digitais do Diário de S. Paulo; e Eliane Leme, diretora-executiva do band.com.br, se reuniram no Painel Diálogos III do mídia.JOR para debater o tema "Jornalismo Digital: profissionais multifacetados, leitores participativos". A mediação do debate foi feita por Thaís Naldoni, gerente de Jornalismo de IMPRENSA.

    Felipe Machado ressaltou a importância dos profissionais de imprensa serem "totalmídia" e elaborou uma esquema dos "caminhos da notícia" de hoje. Segundo ele, primeiro, a notícia vai parar no Twitter e no Facebook sem muita apuração. Depois dessa postagem é que os profissionais começam a buscar mais informações sobre o que está acontecendo e, então, a notícia segue para o blog, o rádio, a foto, o vídeo e, enfim, concretiza-se em uma matéria e uma análise.


    No entanto, Machado destaca que o jornalista tem que se sobressair nessa tarefa de noticiar o que acontece, uma vez que hoje em dia muitas pessoas veiculam a mesma informação na internet. "O jornalista tem que ter a ética na apuração, a isenção para ouvir os dois lados. Isso distingue os jornalistas das pessoas que comunicam as mesmas notícias", disse.


    Ana Brambilla, por sua vez, enfatizou a habilidade que o jornalista deve ter em se relacionar com o público. Para ela, "cada vez mais os leitores começam a ganhar voz e participar de debates" e isso deve ser levado em consideração quando os jornalistas exercem sua atividade. Nesse sentido, Ana falou em "personificação", principalmente nas redes sociais, tanto dos profissionais de imprensa quanto das empresas de comunicação, para que eles se aproximem do público.


    A editora de mídias sociais da Editora Globo mencionou a participação do público na produção de conteúdo. "Muda o movimento. Os jornalistas não ficam mais na zona de conforto, eles vão de encontro ao conteúdo", afirma. "O público está produzindo conteúdo, é fato. Será que eles são nossos concorrentes? Tem muito jornalista que os teme e não admite o jornalismo colaborativo. Mas vamos chamar esse público para perto da gente", defendeu Ana.


    Eliane Leme começou sua fala no mídia.JOR mostrando pesquisa e números sobre as mídias sociais. "A tecnologia mudou tudo. Mudou a forma como a gente produz o conteúdo", disse.  A diretora-executiva do band.com.br defendeu a participação do público no jornalismo, embora tenha ressaltado dois aspectos dessa colaboração. "A colaboração do público pode trazer informação nova para o jornalista e abastecer o veículo. Mas ela pode ser prejudicial também", considerou. "Você acaba tendo uma visão muito mais social, e absolutamente legítima, da notícia", acrescentou.

    Portal Imprensa

    No mês em que o rádio celebra 90 anos da primeira transmissão,  o meio "rádio"foi  é escolhido através de pesquisa como o veiculo de comunicação de maior confiança dos brasileiros.

    Nesta quarta-feira, a Revista Seleções homenageará os vencedores do 11º Prêmio Marcas de Confiança. Na categoria meios de comunicação, o rádio lidera com 67%, seguido do jornal com 64%, e de revistas e TV.

    O evento acontece em São Paulo e contará com a presença de executivos das marcas premiadas, publicitários e personalidades. A Abert vai receber o prêmio em nome das rádios, representada por seu diretor de Comunicação, Théo Rochefort.

    A pesquisa anual foi feita em maio, pela web, com 1.500 pessoas. Apurou grau de confiança em 36 categorias de produtos, cinco categorias especiais, e sete grupos de personalidades brasileiras.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Pesquisa do Projeto Inter-Meios aponta que o investimento publicitário alcançou R$ 14,28  bi entre janeiro e junho  deste ano, crescendo 11,02% em relação ao mesmo período de 2011, apesar do baixo desempenho da economia. A TV  aberta não apenas bateu o próprio recorde de faturamento de R$ 9,25 bilhões  como também conquistou a maior participação no bolo publicitário da história do Projeto Inter-Meios, com 64,81%. A participação da televisão no total é seguida por jornal (11,67%), rádio (10,04%) e revista (6,06%).

    O fechamento do semestre sinaliza para o mercado publicitário que os meios ainda se beneficiam da onda positiva de consumo e crescimento do País. Esse primeiro semestre repete o padrão da década — em anos pares o crescimento tende a ser maior que em anos ímpares, impulsionado pela Copa do Mundo e Olimpíada, cujo resíduo ainda será sentido nos próximos meses, quando vários meios recebem as últimas parcelas dos pacotes comerciais. O crescimento para o ano, segundo previsão do mercado, é também de 11%.

    O Projeto Inter-Meios, coordenado pelo Meio & Mensagem, é um relatório de investimento em mídia no País a partir dos dados de faturamento publicitário fornecidos diretamente pelos veículos.

    Assessoria de Comunicação da Abert

     

      

    A Subcomissão do Rádio Digital da Câmara dos Deputados prepara um estudo sobre as tecnologias de rádio digital das marcas HD (norte-americana) e DRM (europeia), as mais difundidas no mundo. De acordo com o presidente da comissão, deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), o documento refletirá a “escolha política” da Casa. “Além disso, ele terá uma formatação técnica para amparar a decisão que será tomada pelo ministro Paulo Bernardo”, afirma o parlamentar em entrevista à Abert. Segundo ele, o relatório fica pronto no próximo mês.

    Confira os principais trechos da entrevista.

      1)   Quais são as novidades do trabalho da subcomissão do rádio?

      No ano passado, visitamos a sede da Ibiquity, as emissoras de rádio que operam em sistema HD, e entidades que tem ligação com radiodifusão nos Estados Unidos. Recentemente visitamos a Alemanha para conhecer de perto o sistema operacional do consórcio DRM. O objetivo foi avaliar os dois sistemas do ponto de vista técnico e operacional. Estamos levando em conta a capacidade de adaptação das tecnologias para a transferência ao Brasil e a sua nacionalização.

       2)  O senhor pode adiantar algumas conclusões desse trabalho?

        Como o relatório não foi finalizado ainda, me reservo no direito de não adiantar nenhuma informação, ou mesmo opinião pessoal. Ambos os modelos têm pontos positivos e negativos, que serão analisados tecnicamente para ser entregues ao Ministério das Comunicações. Além de ser a escolha política da casa,o documento terá uma formatação técnica para amparar a decisão que será tomada pelo ministro Paulo Bernardo.

        3)  Por que o senhor solicitou a prorrogação dos trabalhos da Comissão?

         

          O relator Sandro Alex (PPS/PR) me pediu a  prorrogação para que ele possa aprofundar  e detalhar todos os aspectos e, obviamente, fundamentar a sua decisão. Queremos amparar o Ministério das Comunicações com um documento sério. O relatório será o resultado de observações feitas por vários deputados, técnicos do órgão, e por representantes dos dois sistemas.

          4)  Vocês estão trabalhando em parceria com o Ministério das Comunicações?

           

            Sim. Inclusive, nas duas visitas que fizemos aos diferentes países, os técnicos do ministério estavam presentes. Eles estão acompanhando os trabalhos pontualmente. Não tenho nenhuma dúvida de que até o final de outubro o relator entregará o documento à comissão para que possa ser apreciado e votado.

            Assessoria de Comunicação da Abert

            As incertezas sobre o futuro do rádio com a chegada da internet estão superadas. Pelo menos na visão de empresas do setor que têm apostado firmemente na convergência de mídias. A experiência tem sido positiva para algumas emissoras que consolidam seu trabalho na rede mundial e também em plataformas móveis. O aumento de audiência, o fortalecimento da marca e as novas oportunidades de negócios são alguns dos bons resultados relatados por empresários do setor.


            A convergência de mídias favoreceu o aumento do número de acessos à página eletrônica da rádio Transamérica, por exemplo, que cresceu 64% desde que foi lançada, em dezembro do ano passado. No site, o ouvinte acessa programação, promoções, notícias, vídeos, uma loja virtual e também pode fazer downloads de músicas.

            “Estudamos a melhor forma de cobrir um evento, divulgar um fato ou alguma novidade, e de forma muito integrada nas diferentes plataformas. O resultado é bem interessante”, afirma Lígia Cervone, gerente de marketing  da rádio. A divulgação e realização de eventos em estúdios ou fora deles também são mais valorizados com novas ferramentas de comunicação digital.

            “O retorno é muito grande. Transmitimos um show de estúdio  ao vivo com um artista pela internet e pela programação convencional da rádio, além da divulgação nas redes sociais. Foi sucesso imediato”, afirma a executiva.

            Com a popularização de dispositivos móveis, algumas rádios não se preocupam mais só em manter sua programação em sites. Agora, elas também investem na criação de aplicativos para tablets e smartphones. Os softwares de celulares proporcionam mais uma forma de acessar a programação predileta do ouvinte.

            São úteis quando o espectador, por diferentes motivos, não consegue sintonizar o dial, seja por não possuir um receptor em seu aparelho, por estar distante do alcance das ondas eletromagnéticas, ou mesmo por eventuais problemas técnicos. Além de ouvir a programação ao vivo, ler mensagens instantâneas e participar de promoções por meio desses softwares, é possível acessar o conteúdo em outro momento.

            “Baixando um aplicativo, o ouvinte não tem o trabalho de abrir um browser e digitar um endereço de site. O aplicativo dá a ele acesso direto a programação”, afirma Paulo Gilvane, diretor-geral da Agência Radioweb. Ele afirma que acompanhou desde o início os debates sobre rádio versus internet. “No início os radiodifusores se assustaram um pouco. Mas com o tempo perceberam que a internet é importante e uma aliada”, afirma. A empresa a qual dirige completou 11 anos no último mês e usa a internet exclusivamente como plataforma de distribuição de conteúdo.  São postadas 50 matérias por dia, que geram uma média de 7 mil downloads diários.

            CRIATIVIDADE - Na opinião de Cyro Martins, gerente de jornalismo da Rádio Gaúcha, a tarefa daqui para frente será a de usar a criatividade para vender publicidade com novos modelos de negócios.   “Não podemos simplesmente transpor para a web o produto feito para o dial. Os modelos online devem ser revistos”, diz.

            A emissora conseguiu elevar a audiência e garantir verbas com uma nova experiência de anúncio. Em vez de veicular um spot convencional sobre um famoso site de notícias da região, o locutor estimulou os ouvintes a acessarem a página para encontrar determinada informação sobre um patrocinador.

            “Por causa da força que a rádio tem na região, os ouvintes acabaram aumentando o acesso do site e ainda visualizaram a marca do patrocinador. A emissora foi remunerada e o site e a marca tiveram mais visibilidade”, afirma Martins. Outra experiência que ele conta é que, em três meses, o número de seguidores do perfil da rádio no Twitter aumentou em  50% após chamadas durantes as programações.

            “A marca está na rádio e está na internet também, oferecendo um produto com um valor diferenciado”, opina outro executivo do setor, sobre a importância de as rádios estarem na internet. Segundo Marcelo Cohen, gerente comercial da Jovem Pan Online, a emissora está “totalmente” equipada com as novas plataformas, não só com aplicativos e conteúdos especiais para smartphones, mas também com TV própria na internet.

            As novas mídias também têm somado audiência na divulgação de grandes marcas de responsabilidade da emissora.  “O rádio é essencial, ele nunca vai morrer. Ele consegue passar uma mensagem mais rápida que a própria internet. E a internet está aí para expandir ainda mais o conteúdo da emissora”, afirma.

            Assessoria de Comunicação da Abert

             

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