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    Artigo

    Paulo Tonet Camargo*

    O Fórum Internacional sobre Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário, promovido recentemente pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), com a colaboração do Supremo Tribunal Federal (STF), foi extremamente produtivo pelas reflexões que proporcionou.

    Por isso, foi de extrema relevância que o ministro Cezar Peluso tenha colocado, na abertura desse evento, a liberdade de expressão como pedra angular do estado democrático de direito. Ou seja, dúvida nenhuma que, do ponto de vista jurídico, a liberdade de imprensa é questão resolvida no Brasil.

    Também o é do ponto de vista político, não só porque a presidente Dilma Roussef firmou a Carta de Chapultepec ainda quando era candidata, mas também porque reafirmou o compromisso com essa premissa da democracia na sua primeira manifestação como eleita e no dia de sua posse.

    Restam, todavia, pontos de aperfeiçoamento deste direito social que o evento nos legou como dever de casa.

    O tema da legislação eleitoral é um assunto à espera de solução já que impede o pleno fluxo da informação e uma cobertura a serviço do cidadão. É necessária sua revisão para que as regras eleitorais não sejam impeditivas da liberdade de informação, e que, a cada eleição, haja o sobressalto pela possível interpretação da norma em função de uma nova composição do Tribunal Superior Eleitoral.

    A questão da responsabilidade da imprensa ficou muito clara no Fórum, apesar do avanço no tema da autorregulamentação.

    Precisamos nos debruçar nesta perspectiva sobre o direito de resposta que não funciona, diz-se, ainda que durante anos estivesse previsto em lei. Logo, o problema não é ter ou não ter norma escrita. Fazer outra seria a solução? Talvez não, pois a questão parece ser cultural. Um processo de autorregulamentação pode funcionar melhor porque se fundaria na consciência coletiva da importância de dar vazão à resposta. Se vencermos essa resistência, vamos mudar o costume e aí definitivamente não será necessário entregar este assunto ao Estado.

    Ao sintetizar os debates, ficou aos participantes uma reflexão axiológica sobre liberdade. Por trás da ideia de sua supressão ou relativização está sempre o pressuposto de que os cidadãos não sabem se autodeterminar, não têm a capacidade de discernir ou de decidir quanto àquilo que querem e que não querem, do que é ou não é bom ou adequado para si. Há uma corrente enorme que propugna pela produção de legislação que tutele a vontade das pessoas, que o Estado sirva como guia onisciente. Claro, quem pensa assim nunca pensa em si, mas no semelhante que julga incapaz. Esse movimento muitas vezes vem escudando-se no discurso puritano, fácil e convincente do politicamente correto, do moralmente adequado, do eticamente impecável, mas sacrificando o direito de autodeterminação de cada um e ferindo os mais sagrados princípios da liberdade. Sendo o Estado uma entidade, resta saber é “quem” dentro dele vai decidir, afinal, pelo cidadão o que é bom para ele. Um perigo que nos leva ao dever de vigilância.

    * Advogado, Diretor do Comitê de Relações Governamentais da ANJ, Vice-Presidente

    Institucional e Jurídico do Grupo RBS.

     

    (Artigo publicado na edição de junho do jornal da Associação Nacional dos Jornais – ANJ)

     

     

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    Senador Eduardo Braga 

    Eduardo Braga espera votação do PLC 116/10 antes do recesso

    O Senado aprovou na última terça-feira requerimento para que o Projeto de Lei 116/10 tramite em regime de urgência. No entanto, ainda não há consenso sobre a data de votação da proposta, que cria novas regras para o setor de TV por assinatura. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, acredita que o projeto seja votado antes do recesso parlamentar. Em entrevista à Abert, o senador destacou os avanços da proposta e os pontos que deveriam ser aperfeiçoados. Ele acredita na possibilidade de o plenário apreciar o projeto antes do recesso do Congresso.

    Confira  a  seguir trechos da entrevista:

     1) Na sua opinião, quais os avanços do PL 116?

    A partir do PL 116 temos três grandes categorias no setor de TV a cabo: as empresas que produzem conteúdo, as que distribuem e as que serão portadoras desse conteúdo. Com maior concorrência entre as empresas, o usuário vai passar a ter maior opção de serviço. Ele vai passar a ter pelo menos em cada uma das grandes e médias cidades brasileiras, mais de um fornecedor de TV a cabo e uma melhoria da qualidade do produto a preços mais baixos.

     2) O que precisa ser aperfeiçoado no projeto?

    Diria que precisaríamos ter uma atenção especial às regiões mais longínquas, onde há maior dificuldade de acesso pelo cabo de fibra ótica. Sobre o entendimento do que seria conteúdo, distribuição e mecanismo de distribuição pela plataforma de TV a cabo ou por fibra ótica. Tenho dúvidas sobre o que está sendo colocado como reserva de mercado, como proteção à indústria cinematográfica brasileira. Se ela conseguirá sobreviver à concorrência de determinados setores da nova tecnologia. Há uma convergência tecnológica muito forte se avizinhando e até onde isso será regulado por fibra ótica ou por sinal de satélite?  É difícil prever.

    3) O artigo 5º do projeto restringe a participação de radiodifusores em serviços de telecomunicações. Como o senhor avalia essa questão?

    Acredito que o artigo 5º e também o 6º estão bem postos.  Mas tenho dúvidas com relação aos mecanismos existentes hoje no mercado financeiro internacional e com as dinâmicas das tecnologias. Os artigos 5º e 6º, na prática, no médio prazo, darão efetividade na proteção do conteúdo e na proteção da radiodifusão? Recentemente vimos acontecer uma disputa em função do campeonato brasileiro. O que impediria que um fundo de investimento se associasse a uma empresa de radiodifusão para fazer uma proposta sobre este campeonato?

    4) O limite de publicidade é uma das tantas regras que pesam sobre a radiodifusão. Mas o PL 116 não prevê regras de publicidade para a TV a cabo. Como o senhor avalia essa questão?

    Acredito que essa possa ser uma das fragilidades do PLC 116. Por outro lado, estamos discutindo o PL 116, não propriamente a radiodifusão mais. A partir do momento em que estamos abrindo para a TV a cabo, estamos abrindo para a fibra ótica. Se estamos abrindo para a fibra ótica, significa dizer que estamos abrindo para a banda larga de internet. E esse é um novo mundo. E aí pergunto, e a questão do horário da programação? E o limite do conteúdo com relação à censura por idade? Na internet não tem nada disso. A internet é um outro mundo. Então, hoje, a grande discussão que vejo não é mais a questão da radiodifusão, não é mais a questão da TV a cabo.

    5) Mas o projeto trata da produção e veiculação de conteúdo por TV.

    Tudo bem. Estamos falando de proteção de conteúdo pelos canais formais de TV. Mas quando falamos de TV por internet, não temos nenhuma regulação.

    6) Mas não deveria ter?

    Deveria ter, mas não tem. E mais do que isso, a internet é por definição um meio libertário. A internet está promovendo aquilo que por anos pelos meios tradicionais não foi possível fazer em regimes fechadíssimos da humanidade. Em meses a internet está derrubando. A internet consegue mobilizar milhares de pessoas além das fronteiras. Acho que o PL 116, que tanto se pressiona por um lado e se questiona por outro, é, na realidade, o início de uma nova fronteira.

    Vai ser possível construir um substitutivo que represente um consenso mínimo?

    Acho que hoje existe um acordo. Não é um acordo ideal, mas é o possível. E, depois de uma década de debates, se chegou a um texto que muitos tiveram que ceder. Acho que quase todos tiveram que ceder. Há ainda pontos a aperfeiçoar, mas foi um texto possível.

    Qual é a expectativa de tramitação do projeto?

    Temos uma MP na pauta a impedir que seja votado o PLC 116. Creio que essa MP será votada nos próximos dias e que nós teremos logo a seguir a pauta do PLC 116 já em plenário. Talvez seja votada até antes do recesso. Pelo que está desenhado, acredito que não haverá modificação.

     

    Assessoria de Comunicação da Abert

    CCJ aprova novas concessões de serviços de radiodifusão 

    A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania  (CCJ) aprovou na terça-feira  três projetos de decreto legislativo (PDCs) que autorizam ou renovam, pelo período de dez anos, concessões de serviços de radiodifusão em três estados brasileiros. As propostas, apresentadas pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, tramitam em caráter conclusivo e serão encaminhadas para o Senado.

    As beneficiadas são: Guararapes Metropolitana FM Ltda, de Jaboatão dos Guararapes (PE); Fundação Rádio e Televisão Deputado Humberto Reis da Silveira, de Teresina (PI) e Empresa Pioneira de Televisão S.A., de São Carlos (SP).

     

    Assessoria de Comunicação da Abert

      

    • Agostinho de Rezende Campos

    Brasil afora, as rádios piratas e ilegais se multiplicam, trazendo problemas para a população, prestando maus serviços à sociedade e aumentando a criminalidade.

    A grande população brasileira, ao ligar o rádio, muitas vezes não sabe o que está por detrás da sintonia de algumas emissoras em seu dial. Fato comum nas grandes e pequenas cidades são as rádios piratas, que atuam de forma ilegal, sempre trazendo prejuízos para a população. Além de crimes praticados com anúncios ilegais, prestação de serviços para o tráfico de drogas, interferência nas transmissões das polícias e de aviões, causando acidentes fatais e de grandes proporções, a pirataria das rádios ilegais não respeita a legislação, a constituição e prega a ideia de que o crime compensa.

    Por isso, as associações estaduais de radiodifusão, juntamente com a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), estão trabalhando na conscientização da população brasileira sobre esses crimes, que são um grande problema que grassa Brasil afora, contando com a impunidade e a omissão de toda sociedade.

    Para esclarecer o que é uma rádio ilegal, a Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) trabalha diuturnamente, apontando as diferenças entre uma rádio legal e uma ilegal, expondo as características de cada uma delas.

    As rádios legais são todas aquelas que conseguiram do poder concedente, Ministério das Comunicações, atos de permissão, concessão ou autorização para operar no território nacional.

    São emissoras de radiodifusão sonora AM – amplitude modulada, FM – Freqüência Modulada, OC – Ondas Curtas, e OT – Ondas Tropicais. Elas têm sua operação regulamentada por legislação federal e por acordos internacionais de mútua proteção. Para obter concessões, passam por concorrências públicas, às quais podem se habilitar todo e qualquer cidadão brasileiro.

    As rádios comunictárias pertencem a uma radiodifusão bem específica, que normalmente opera na faixa de freqüência de FM e foi regulamentada no ano de 1998. Sendo assim, todas as autorizadas legalmente, e que operam dentro dos parâmetros previstos pela legislação vigente, são também emissoras de radiodifusão legal.

    Infelizmente, com a criação e a denominação desse serviço comunitário, criou-se, extra-oficialmente, uma nova denominação às emissoras anteriormente existentes, dividindo-as em emissoras educativas e comerciais. Como se as emissoras comerciais até então existentes nada fizessem pelas suas comunidades.

    As rádios coomunitárias não podem veicular propaganda comercial, podendo obter somente patrocínios sob forma de apoios culturais de entidades localizadas na sua área de cobertura. Não podem ter fins lucrativos e nem vínculos de qualquer tipo, com partidos políticos, instituições religiosas, entre outras entidades. Devem, por determinação legal, divulgar a cultura, o convívio social eventos locais; noticiar os acontecimentos comunitários e de utilidade pública; promover atividades educacionais.

    A radiodifusão comunitária tem cobertura restrita. Uma rádio comunitária que não atende as exigências da Lei é considerada ilegal.

     As rádios ilegais e piratas são emissoras que não possuem qualquer tipo de autorização do poder concedente. Atrás de uma máscara supostamente romântica, elas se auto-determinam rádio comunitárias. Porém, escondem uma prática condenada tanto pelos órgãos governamentais como pela polícia Federal, responsável por coibir a prática de delitos tipificados na Legislação Federal.

    Quando detectadas e interrompidas pela Anatel e pela polícia Federal, recorrem ao Judiciário, alegando estarem prestando serviços comunitários. Culpam a falta de agilidade do Ministério das Comunicações em atender seus pedidos de autorização. No entanto, muitas vezes, sequer deram entrada em pedidos de abertura ou em documentos visando as suas habilitações. Não cumprem as exigências impostas às emissoras legais, logo, vivem na clandestinidade.

    Instalam-se em locais de difícil acesso à fiscalização, normalmente em logradouros onde residem grande quantidade de pessoas que poderão estar sujeitas a riscos de saúde física por irradiações eletromagnéticas.

    Utilizam qualquer tipo de equipamento transmissor, sem possuir certificados da Anatel, muitos de baixo custo, desprovidos de filtros protetores contra emissão de freqüências indesejáveis, podendo vir a causar interferência a outros serviços de comunicações, como os de segurança pública, bombeiros, ambulâncias e de proteção a voos.

    Algumas utilizam freqüência, potência e outras características técnicas de operação sem estarem dimensionadas pelos órgãos federais e, muitas vezes, fora de limites aceitáveis, o que amplia a possibilidade de interferência. Outras utilizam a freqüência atribuída à localidade para o serviço de radiodifusão comunitária, mas é interferida quando esta vem a ser autorizada.

    Muitas vezes, se dizem comunitárias, mas não têm qualquer compromisso com as comunidades onde se instalam, nem tampouco com a verdade. Praticam a comercialização de espaços publicitários, a preços irrisórios, já que não registram seus empregados e pagam baixíssimos salários, sem recolherem impostos.

    Saber identificar uma rádio clandestina e denunciar aos órgãos competentes é dever de todo cidadão, é o livre exercício da cidadania. Não podemos mais ser cúmplices da criminalidade que domina nossas cidades, da pirataria que nos causa tantos prejuízos. É hora de se conscientizar e denunciar, só assim teremos uma sociedade mais saudável e um povo vivendo a cidadania plena.

     

    (*) Presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão 

    genildo_cruz_minicomINTERNA

    Iniciativa tem o objetivo de oferecer uma resposta mais rápida aos radiodifusores e à toda população

    As delegacias regionais do Ministério das Comunicações nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais vão começar a atuar diretamente na análise de processos de radiodifusão. Segundo o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, até o final desta semana, serão enviados a estas regionais cerca de 800 processos.

    “Nosso objetivo com a descentralização deste trabalho é possibilitar uma resposta mais rápida aos radiodifusores e à toda população”, afirma o secretário, ressaltando que a iniciativa faz parte do esforço da Secretaria para zerar o estoque de processos acumulados no MiniCom.

    A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também vai participar do trabalho, realizando a análise de processos que envolvam questões técnicas, como o uso do espectro e a homologação de equipamentos.

     “Antes, havia uma dúvida sobre quem deveria tratar essas questões, mas nós conversamos e chegamos à conclusão de que esta é uma competência da Anatel”, esclarece Genildo Lins. Assim, mais de 10.800 processos devem ser enviados à agência nos próximos dias.

    Um total de 4.763 processos foram analisados pela Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica entre janeiro e maio deste ano. Desses, 2.703 foram concluídos.

     

    Fonte: Minicom

    micro_internoA Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados vai instalar nesta terça-feira (5) uma subcomissão para acompanhar as discussões sobre a escolha do padrão de rádio digital a ser adotado no Brasil. Duas tecnologias, a norte-americana HD Radio e a europeia DRM são avaliadas pelo Ministério das Comunicações (Minicom), que abriu consulta pública para realizar testes dos modelos em Brasília,São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

    A criação da subcomissão foi sugerida pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR). Segundo ele, o grupo vai debater as diferenças entre os dois sistemas, analisar dificuldades técnicas e conhecer as possibilidades de se criar uma tecnologia nacional com base nos sistemas.

    “O padrão de rádio europeu vem sendo desenvolvido em sistema aberto e livre, criado e desenvolvido por um consórcio formado por empresas e emissoras interessadas na digitalização do rádio. Já o padrão americano é um sistema fechado e proprietário, o que traz inconveniente aos radiodifusores que teriam de desembolsar royalties pelo uso e exploração do sistema”, comenta Sandro Alex. 

    De acordo com o Ministério das Comunicações, o modelo a ser escolhido deve operar com eficiência as modalidades de serviço em Onda Média (OM) e em Frequência Modulada (FM). Depois da fase de testes, haverá negociações com fabricantes de equipamentos e debates internacionais para a implementação do sistema no país. 

    Para a realização dos testes, o MiniCom vai contar com parceria da Anatel e do Inmetro.

    Foto: Minicom

    Assessoria de Comunicação da Abert com informações da Agência Senado

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    Em abril, o faturamento da televisão aberta com venda de espaço publicitário cresceu 12% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando a marca de R$ 1,5 bilhão. De janeiro a abril, o meio foi o que mais arrecadou, com incremento de R$ 5,1 bilhões. A participação no total dos investimentos publicitários no período chegou a 64,2%, revela estudo do Projeto Inter-Meios.

    Já o mercado de rádio teve um pequeno recuo de 2,2% neste primeiro quadrimestre. Faturou um total de R$ 320 milhões. Considerando todos os veículos de comunicação, o crescimento foi de 6,6% de janeiro até abril de 2011. O faturamento no período chegou a R$ 8 bilhões.

    A mídia exterior teve crescimento superior ao da internet, de 16,4% contra 15 % no período. Entre as categorias que compõem a mídia exterior, o segmento de painéis cresceu 29%. A maior fatia continua sendo a do outdoor (55,2%).

    Já o faturamento da internet em valores absolutos foi de R$ 367 milhões, sendo R$ 102,4 milhões somente em abril.

     

    Assessoria de Comunicação da Abert  

    dilma_e_lugoINTERNA Presidenta Dilma Rousseff durante reunião com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em Assunção

    Memorando de entendimento prevê assistência ao Paraguai na implantação da nova tecnologia no país vizinho

    Brasil e Paraguai assinaram nesta quarta-feira um memorando de entendimento na área de TV digital. Pelo acordo, o Brasil se compromete a dar assistência ao Paraguai em todos os aspectos ligados à implantação da nova tecnologia, incluindo capacitação técnica, cooperação entre universidades, assistência na elaboração de políticas públicas e também financiamento na compra de equipamentos e serviços brasileiros.

    O memorando foi formalizado durante visita da presidenta Dilma Rousseff ao Paraguai, para a Cúpula de Presidentes do Mercosul.

    O Paraguai aderiu ao padrão nipo-brasileiro de TV digital (ISDB-T) em junho de 2010. Agora, com o memorando de entendimento, o caminho para a cooperação fica formalmente aberto. Além do Ministério das Comunicações, outros órgãos estão envolvidos no acordo, como os ministérios da Ciência e Tecnologia e o da Indústria e Comércio; além da Agência Brasileira de Cooperação (ligada ao Ministério das Relações Exteriores), do BNDES e da Capes.

    As ações previstas no memorando são financiamento na compra de equipamentos e serviços brasileiros, por meio do BNDES; cooperação industrial; assistência técnica regulatória e em políticas públicas para TV digital; cooperação acadêmica; e fornecimento de bolsas de pós-graduação para estudantes paraguaios.

    Também está previsto o fornecimento de equipamentos para laboratórios de interatividade; capacitação de paraguaios em tecnologias para TV digital; cooperação institucional no ISDB-T Internacional; cooperação na TV pública e liberação da cobrança de royalties no uso do Ginga, ferramenta desenvolvida no Brasil responsável pela interatividade na TV digital.

    Do lado paraguaio, assinaram o documento o Ministério de Obras Públicas e Comunicações e a Secretaria de Informação e Comunicação para o Desenvolvimento. Pelo Brasil, o Ministério das Comunicações firmou o acordo.

    Também ficou acertado que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Comissão Nacional de Telecomunicações do Paraguai (Conatel) vão intensificar a troca de experiências para facilitar o gerenciamento do espectro radioelétrico e fazer a transição do sistema de televisão analógico para o digital.

    O padrão nipo-brasileiro de TV digital já foi adotado oficialmente por 12 países: Brasil, Japão, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Filipinas, Peru, Venezuela e Uruguai

     

    Fonte:Ministério das Comunicações

    reuniacamara29junINTERNA
    Reunião Câmara de Rádio e presidentes de entidades estaduais

    A Câmara de Rádio da Abert e presidentes de entidades estaduais de rádio e de televisão decidiram apoiar a destinação da faixa de VHF, compreendida entre 76 MHz e 88 MHz, para permitir a digitalização do rádio AM no país. A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira (29), em Brasília.

    A proposta é que esta faixa de freqüência, hoje ocupada pelos canais 5 e 6 de televisão, sirva às rádios AM para que operem na extensão da faixa de FM. Esses canais deverão estar disponíveis em 2016, com a conclusão do processo de digitalização da TV.

    Estudo da Anatel mostra que a proposta de migração é tecnicamente viável.

    Na prática, cada emissora de rádio AM receberá um canal na nova faixa de FM, que seria estendida para abrigar todos os canais AM. De acordo com o presidente da Abert, Emanuel Carneiro, este é o melhor caminho para o rádio brasileiro. “A redistribuição das emissoras AM na nova faixa garantirá a melhoria da qualidade necessária a este segmento  e facilitará a transição para o padrão digital”.

    Segundo o presidente, no futuro, o Ministério das Comunicações deverá definir os critérios de digitalização do rádio para permitir a migração das emissoras, conforme características econômicas e técnicas.

     Acesse aqui a íntegra da nota.

    Assessoria de Comunicação da Abert

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    Campanha será veiculada no rádio e na TV
    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou neste domingo (26) a campanha Crack nem pensar. A iniciativa será veiculada no rádio e na TV, com o objetivo de alertar a população para os perigos do consumo da droga, que possui alto grau de dependência.

    A campanha Crack nem pensar, que conta com o apoio da Abert, será veiculada entre os dias 26 de junho e 31 de julho em todos os estados brasileiros, exceto no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde as peças já foram transmitidas.

    O Conselho disponibilizará em sua página na internet, um VT televisivo e um spot para rádio, ambos com 30 segundos de duração. Além da campanha, foi produzida uma cartilha para que órgãos públicos e cidadãos conheçam mais sobre os efeitos, as consequências, formas de tratamento e locais de atendimento aos dependentes e família.

    Todas as peças de campanha e os planos de mídia podem ser acessados no www.cnj.jus.br/cracknempensar.

    Assessoria de Comunicação da Abert

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    Presidente da Abert, Emanuel Carneiro
    A partir do dia 1° de julho, as emissoras de televisão no Brasil deverão passar a veicular duas horas semanais de programação com o recurso da audiodescrição, conforme determina norma do Ministério das Comunicações.

    A audiodescrição disponibiliza um canal de áudio para a narração de imagens, sons e textos destinada a pessoas com deficiência visual. Explicando melhor, por meio deste recurso, as pessoas com deficiência visual poderão ouvir um programa de televisão, pois o mesmo será descrito, passo-a-passo. Até 2020, a grade televisiva das geradoras e retransmissoras em sinal digital deve totalizar 20 horas semanais de programas audiodescritos.

    Segundo o presidente da Abert, Emanuel Carneiro, a exigência é quase o dobro do que prevê a legislação da Inglaterra, país que é referência em políticas de acessibilidade. A Ofcom, órgão que regula o setor de comunicações no Reino Unido, determina a veiculação do recurso em 10% de uma parte da programação.

    Na comparação com países como Irlanda, França, Canadá e Espanha, a regra brasileira também é a que mais tempo exige de audiodescrição.

    “A quantidade de audiodescrição oferecida no mundo pela televisão é baixa, nenhuma TV audiodescreve a totalidade de sua grade televisiva”,  afirma Emanuel Carneiro. “Embora a exigência no Brasil para veiculação do recurso seja uma das mais rigorosas, as emissoras estão empenhadas em cumprir a norma”, afirma.

    O empresário explica que dificuldades tecnológicas e de custos impedem que o recurso seja adotado em grande escala nos países. As diretrizes internacionais recomendam, por exemplo, que a audiodescrição seja inserida nos intervalos de silêncio entre os diálogos, o que nem sempre é possível.

    A maioria das emissoras não é capaz de transmitir o segundo canal de áudio, necessário para a audiodescrição. Os satélites também, em grande parte, não recebem o sinal sem interferências, explica Carneiro.

    Além de não garantir qualidade, a audiodescrição tem um custo alto. Na Europa, 100 horas anuais do recurso custam aproximadamente 300 mil euros.

    Audiodescrição no mundo- No Canadá, o recurso é veiculado de duas a quatro horas semanais pelas emissoras comerciais.  Já na Irlanda, a audiodescrição é transmitida em dois canais de serviço público. A regra, no entanto, não foi estendida às emissoras comerciais.

    Na França, o único canal de televisão que transmite o recurso é a TV cultural Arte (filme emitido por mês).  Na Espanha, o plano nacional de acessibilidade encoraja a formação de tradutores de imagens, a instalação de bolsas para formação e um programa de subvenções do serviço. Mas não define em lei, limites para a veiculação do recurso.

    A lei americana determinou que o FCC estudasse os sistemas para a veiculação do recurso. O órgão que regula o setor de telecomunicações nos Estados Unidos chegou a anunciar medidas de acessibilidade, mas foi questionado na Justiça. 

    Assessoria de Comunicação da Abert

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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