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    monique_okleneMonique Cruvinel
    Gerente de Tecnologia da ABERT, presente na NAB 2012

    O consórcio europeu DRM e a empresa norte-americana iBiquity, que disputam o mercado de rádio brasileiro com sua tecnologia digital, apresentaram o desenvolvimento de seus produtos durante a NABSHOW 2012, em Las Vegas.

    Os radiodifusores brasileiros aguardam os resultados dos testes de avaliação dos dois padrões, conduzidos pelo Ministério das Comunicações. O titular da pasta, Paulo Bernardo, anunciou recentemente que a definição sairá no segundo semestre deste ano.

    Na NAB, o HD Radio mostrou sua força na diversidade de receptores. Foi possível conferir os últimos modelos automotivos instalados em seis veículos estacionados na entrada do pavilhão central, além de diversos modelos portáteis e celulares disponibilizados no stand.

    A iBiquity aposta nas aplicações em seus canais de dados - datacasting - e já apresenta soluções comerciais. Entre elas está um sistema de lista de compras, chamado "iTunes Tagging", que permite ao usuário marcar os álbuns ou músicas de sua preferência. Depois, fazendo uma sincronização com um iPod, pode rapidamente adquirir os produtos desejados.

    Outra novidade interessante é a utilização do canal de dados para transmitir a situação de tráfego local; tais modelos já embarcados em carros e em equipamentos móveis facilitarão o dia-a-dia de milhares de americanos sem congestionar as redes de banda larga móvel.

    Persiste a dúvida sobre o futuro - claramente voltado para as aplicações em FM - da digitalização das rádios AM nos Estados Unidos, mas aparentemente já encontra contra-balanço em declarações do setor. Indagado pela falta de crescimento do número de estações digitais AM e FM, o vice-presidente executivo de integração de engenharia e sistemas da Clear Channel, Jeff Littlejohn, deu sua declaração no evento organizado pela AESP/SET na sala Brasil.

    Ele contou que já digitalizaram todas as estações nos grandes centros, porém, as emissoras localizadas em pequenos municípios continuam analógicas por inviabilidade econômica. Seria esse o caminho para o Brasil?

    Tive a oportunidade de conversar com vários radiodifusores, engenheiros e outros membros do setor presentes na NAB e as discussões sempre acabam com a mesma conclusão: é necessário dar continuidade ao estudo da extensão da faixa de FM (iniciado pela Anatel e que inclui os canais 5 e 6 da TV) a fim de viabilizar a migração das rádios AM para essa faixa. As interferências só irão aumentar e, se realmente queremos salvar o radiodifusor e o conteúdo da rádio AM no Brasil, essa parece ser a melhor solução.

    Já no stand da Thomson, as conversas giraram em torno de uma nova implementação em parceria com o consórcio europeu DRM. A idéia é simples e espectralmente eficiente. Trata-se de utilizar o sistema DRM30 - ondas curtas ou médias (AM) - para transmitir a programação para uma larga área geográfica, atendendo a essa população de maneira digital. Em pequenas cidades, esse mesmo sinal seria recebido e convertido em FM para uma cobertura local analógica.

    Pode-se entender esse sistema fazendo um paralelo com a distribuição de televisão por satélite: a emissora coloca no ar um sinal nacional que é captado nas geradoras de TV (rádios FM) locais e convertido para recepção terrestre. Ao mesmo tempo, milhares de brasileiros podem captar o mesmo sinal usando suas parabólicas domésticas (receptores de Onda Curta).

    A ideia de usar a faixa de ondas curtas com uma alta capacidade de propagação pode gerar uma grande eficiência na distribuição do sinal dentro das redes e, ao mesmo tempo, permitir ao pequeno radiodifusor retransmitir um sinal analógico de boa qualidade para as pequenas cidades nas quais o rádio digital ainda não foi implantado.

    A solução atraiu curiosos ao stand da Thomson, mas ainda requer uma avaliação mais abrangente sobre a sua exequibilidade. Se formos considerar apenas rádios de onda curta, sabe-se que essas estações possuem um alto gasto energético e zonas específicas de instalações e nem todas as redes dispõem de tais estações.

    Essa parece ser a semente para algumas ideias interessantes. Será um bom trabalho para os engenheiros e pesquisadores, em especial para as emissoras públicas e aquelas que já possuem instalações para ondas curtas. No entanto, a questão logística de instalação das estações nessa frequência e o fator energético não podem ser esquecidos.

    Mais informações podem ser encontradas nos endereços abaixo:
    http://www.drm.org/
    http://www.hdradio.com/

    Engenheiros e demais interessados nos pontos focais atuais sobre rádio e espectro podem se inscrever para o Seminário Técnico sobre o Espectro, que acontecerá paralelamente ao 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão. Mais informações sobre a programação e inscrições:
    http://www.congressoabert.com.br/programacao

    A AMIRT - Associação Mineira de Rádio e Televisão - realiza seu primeiro Encontro Regional de 2012 no Sul de

    Com a proposta de debater a comunicação nas diferentes regiões de Minas Gerais, o Encontro Regional da AMIRT tem sua primeira edição de 2012 no Sul de Minas, na cidade turística de Poços de Caldas.

    Como aconteceu nas edições anteriores, o Encontro tem como tema central a valorização da comunicação no interior de Minas e evidenciou, em debates e palestras, o papel decisivo na sociedade que os meios de comunicação exercem, além de ser fonte natural de cultura e informação. O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de maio, no Centro Cultural Urca, que fica na Praça Getúlio Vargas, s/n.

    A programação oficial do evento conta com as palestras de:

    Dia 18/05 - 19h, Solenidade de abertura.

    20h, Show do Humorista Giovane Brás (Caixeiro Viajante)

    Dia 19/05 - 8h30 - Credenciamento e café de boas vindas

    9h às 10h - A Força da Imprensa do Interior - Mauro Tramonte – Jornalista e apresentador TV Record

    10h30 às 11h45 – Expansão, planejamento, projetos, normas, fases da tramitação, viabilização de canais no Plano Básico de TV (analógico e digital) – Engenheiro Fabio Fonseca – Rede Vida

    12h às 13h30 - Almoço e visita Mesa de Negócios

    13h30 às 14h45 – O Rádio uma Indústria sem falência – Engenheiro José Carlos de Moraes (Cipó) – Diretor Presidente da Opic Telecom

    14h45 - 15h30 – Gestão de Pessoas: Desafios e oportunidades  - Cristiane Paladino

    15h30 às 16h - Coffee break no local da Mesa de Negócios

    16h às 17h15 - Atuação da ANATEL em Minas Gerais - José Dias Coelho Neto - Diretor ANATEL em MG.

    17h15 às 18h - AMIRT, Eleições 2012 e assuntos diversos sobre o Rádio.

    18h - Encerramento e entrega de certificados

    Para a realização do IV Encontro da AMIRT, a entidade designou uma comissão organizadora, compostas por diretores da AMIRT e associados residentes no Sul de Minas, sendo eles: Landuplo e Danilo Silveira, Ney Bueno Júnior, Ildeu Pereira, Eugênio Carneiro, Luciano Pimenta, Francisco de Assis e Ricardo Zaiat.

    O Encontro

    O Encontro Regional é um evento estratégico, direcionado para quem faz a comunicação em nosso Estado, além de atuar diretamente com quem leva informações ao grande público, os grandes formadores de opinião. O público dos encontros regionais da AMIRT tem esse perfil, de ser formador e propagador de opinião e conceito, coisa inerente à comunicação e à radiodifusão. Vale registrar a grande participação de estudantes da área de comunicação social durante as palestras e de jornalistas que vão participar do evento e fazer a cobertura para seus veículos do encontro.

    Com mais de 400 emissoras de Rádio e TV afiliadas em toda Minas Gerais, a AMIRT realizou o seu I Encontro Regional de 2011 em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, no dia 28 de maio. O evento contou com participação maciça de radiodifusores de todas as regiões do Estado. Depois os encontros foram realizados nas cidades de Ipatinga, no Vale do Aço, e em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, todos com grande sucesso.

    Fonte:Comunicação da Amirt

     

     

    A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na terça-feira (15), em caráter conclusivo, 14 projetos de decreto legislativo (PDCs) que autorizam ou renovam, pelo período de dez anos, concessões de serviços de radiodifusão em seis estados. As propostas, apresentadas pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, serão enviadas ao Senado.

    As concessões aprovadas são:

    Ceará
    Rede Elo de Comunicações Ltda. – Ipaporanga

    Espírito Santo
    Associação Radiofônica Comunitária de Iconha - Iconha
    C.P.Z. Comunicações Ltda. - Colatina
    Nassau Editora Rádio e Televisão Ltda. - Vitória

    Rio Grande do Norte
    Rádio Currais Novos Ltda. - Currais Novos

    Rio Grande do Sul
    Associação Conselho Cultural de Difusão - Alvorada
    Associação Cultural de Difusão Comunitária Pompéia - Dilermando de Aguiar
    Associação Cultural de Radiodifusão Comunitária Cotegipense - Barão de Cotegipe
    Empresa de Radiodifusão Ursa Maior Ltda. - Arroio dos Ratos

    São Paulo
    Rádio Cacique de Capão Bonito Ltda. - Capão Bonito
    Rádio Cidade de Campinas Ltda. - Campinas
    Rádio Jornal de Rio Claro Ltda. - Rio Claro
    Rádio Morena Stereo Ltda. - Campinas

    Tocantins
    Rádio Padre Luso ltda. - Porto Nacional


    Agência Câmara

     

     

    Arcebispo_Desmond_Tutu_PNGinterna
    Arcebispo Desmond Tutu, vencedor do Nobel da Paz em 1984

    De 28 a 30 de maio, acontece, em São Paulo, o V Congresso da Indústria da Comunicação, organizado pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade. O evento, que discute assuntos relacionados à comunicação e publicidade, terá o objetivo de debater as principais questões que afetam o setor, com presença de líderes da indústria da comunicação brasileira.

    A palestra de abertura será do Arcebispo Desmond Tutu, vencedor do Nobel da Paz em 1984, que falará sobre “Liberdade e Democracia”. Ele venceu o Prêmio por sua luta contra o Apartheid em seu país natal - Klerksdorp, África do Sul - e é o primeiro negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade do Cabo.

    Alguns temas discutidos durante o congresso serão o futuro da profissão, liberdade de expressão e democracia, sustentabilidade e comunicação, novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia, entre outros assuntos, divididos em 13 comissões.

    Cada comissão terá presidente, secretário-geral, relator, debatedor e delegados. Os resultados de cada comissão serão apresentados na plenária final e constituirão um documento que deve nortear o estabelecimento de novos parâmetros para o setor.

    Os congressos anteriores já resultaram em importantes momentos para a publicidade, como a concepção do Instituto Verificador de Circulação (IVC), idealizado no primeiro congresso, em 1957, e o surgimento do surge o CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, instituído no congresso de 1978.

    Para mais informações, visite http://www.vcongresso.com.br/

    Foto: FP PHOTO / ATTILA KISBENEDEK

    Assessoria de Comunicação da Abert


    foto_seminrio_camara_internaA ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, disse que a imprensa deve desfrutar de liberdade para que possa cumprir seu dever de vigiar, levar  informação correta e isenta para que o eleitor faça suas próprias escolhas. Ela participou nesta terça-feira (15) da 7ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão, promovida pelo Instituto Palavra Aberta e pela Câmara dos Deputados.

    O evento reuniu jornalistas, empresários e autoridades dos três poderes para discutir como a legislação eleitoral pode afetar a liberdade de expressão. O uso da internet nas campanhas eleitorais foi o tema que predominou no encontro. A maioria dos debatedores defendeu o uso das novas mídias para ampliar o acesso às informações eleitorais.

    Helena Chagas mostrou ceticismo quanto a regulação de conteúdo na web. "A internet é um instrumento de opinião. Há campanha eleitoral e manifestação de candidatos na internet. É fácil fiscalizar? É possível fiscalizar? Acho quase impossível", opinou.

    Patricia Blanco, do Instituto Palavra Aberta, um dos organizadores do evento, afirmou que sempre que há limite da liberdade de expressão quem perde é o indivíduo. Para ela, conhecimento e informação são fundamentais para que o eleitor faça suas escolhas na eleição.

    "A liberdade de expressão torna a decisão mais importante no aspecto político. O debate não pode ser truncado por uma legislação que não reconhece os novos meios”, defendeu Patricia Blanco.

    Na opinião do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), a menor restrição à liberdade de expressão ou à campanha eleitoral afeta negativamente a representação política da sociedade. “A eliminação completa de uma delas simplesmente inviabiliza a sobrevivência da democracia", disse. Para ele, não há motivos para ficar "na defensiva" com relação ao uso de novas plataformas no processo eleitoral. "Devemos aproveitá-las intensamente", disse.

    Twitter - Para a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia Antunes Rocha, o uso das novas mídias sociais e da internet será um dos maiores desafios que enfrentará durante as eleições deste ano. Segundo ela, isso porque a legislação e a jurisdição eleitoral sobre as novas mídias ainda precisam ser aperfeiçoadas.

    Carmen Lúcia falou sobre o uso do Twitter na campanha eleitoral: "O Twitter para mim é a mesa de bar virtual. Não tenho como controlar isso.ministra_carmem_lcia_interna Mas é preciso ser usado com lisura e eficiência", afirmou. “Não vamos judicializar a campanha eleitoral. O que buscamos são eleições extremamente rigorosas e livres", garantiu.

    Em relação à imprensa, disse que não há a menor possibilidade de se ter eleições livres sem que a imprensa atue de maneira igualmente livre. A ministra lembrou que a Constituição de 1988 garantiu de maneira inédita o direito de informar, de ser informado, de abrir todas as informações para que haja visibilidade de tudo o que se passa, especialmente nos espaços de exercício de poder.

    Controle - O jurista José Eduardo Rangel de Alckmin também ressaltou a importância das redes sociais nas eleições e questionou se elas devem ser controladas por parte da justiça eleitoral ou não. A jornalista Eliane Cantanhêde se mostrou contra qualquer forma de controle de informação.

    O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), no entanto, defendeu regras mínimas capazes de garantir igualdade de condições entre candidatos durante a campanha eleitoral. Mas, para ele, não deve haver restrições ao livre debate e manifestação política na internet. Quanto às normas estabelecidas para este período, na sua opinião, a rede não pode ser comparada com rádio e televisão.

    Para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), a internet traz benefícios para a campanha política, pois reduz os custos e facilita o acesso aos candidatos por parte do público. O advogado Gustavo Binenbojm também compartilhou da mesma opinião. Ele ainda ressaltou o que considera benefícios da internet para a política: espaço ilimitado para discussões e campanhas, interatividade e o exercício imediato do direito de resposta.

    Binenbojm afirmou ainda  que a legislação eleitoral brasileira, promulgada em 1997, prevê uma série de restrições "injustificáveis à liberdade de expressão e ao direito de informação", ainda aplicadas no país.

    Fotos: Saulo Cruz/Agência Câmara

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Belo Horizonte recebe na tarde desta segunda-feira, o seminário sobre o novo papel do Ministério das Comunicações (Minicom) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na regulação do setor de rádio e de TV. O evento, promovido pelos órgãos reguladores da radiodifusão em parceria com a Abert, já passou por Brasília, São Paulo e Curitiba (confira abaixo a programação).

    Participam desta edição o diretor do Departamento de Avaliação do Minicom, Octávio Pieranti,   o conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, o presidente da Abert, Emanuel Soares Carneiro e o diretor de Assuntos Legais da entidade, Rodolfo Moura, além do presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), Agostinho de  Resende Campos.

    Também confirmaram presença, Maria Lúcia Ricci Bardi, da Gerência de Administração de Planos de Autorização de Uso de Freqüência e Marcos Vinícius Paolucci, superintendente de Fiscalização e Radiofrequência da Anatel.

    O encontro é o quarto de uma série de nove seminários, que visam discutir a regulação do setor, a fiscalização e o andamento dos processos de interesse dos radiodifusores.

    Programação para próximos seminários

    04/06 - Recife-PE
    02/07 - Porto Alegre-RS
    16/07 - Manaus-AM
    30/07 - Fortaleza-CE

    Assessoria de Comunicação da Abert


    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a criação de um fórum nacional para acompanhar decisões judiciais contrárias à liberdade de imprensa. As atribuições da iniciativa ainda serão detalhadas em futura normatização.

    A proposta foi aprovada durante sessão do conselho, na última terça-feira. De acordo com presidente do CNJ, Carlos Ayres Britto, um dos objetivos será monitorar sentenças judiciais que contrariem a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou a Lei de Imprensa em 2009.

    A proposta de criação do fórum é do próprio ministro, que assumiu a presidência do STF no mês passado. Será chamado de Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa e funcionará no CNJ.

    A criação da iniciativa foi adiantada por Britto no Seminário Internacional de Liberdade de Expressão, realizado na semana passada, em São Paulo. Durante o seminário, especialistas apontaram as decisões judiciais como uma das maiores ameaças à liberdade de imprensa.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    PARLAMENTO – Ariosto Holanda (PSB-CE)

    O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica lançou o seu 9º Caderno de Estudos, intitulado Assistência Tecnológica às Micro e Pequenas Empresas. A publicação, coordenada pelo deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), consolida pesquisa iniciada em abril de 2010 e indica ações para reduzir o alto índice de mortalidade dos pequenos empreendimentos.

    De acordo com o deputado, o grande número de micro e pequenas empresas fechadas tem como uma das causas o que ele chama de ‘analfabetismo tecnológico’. “O empresário pode ter um bom gerente, crédito, mas se não tiver permanentemente se atualizando nesse mercado competitivo, vai terminar quebrando”, avalia.

    Em entrevista à Abert, o deputado explicou que o caderno propõe uma indicação e um projeto de lei para definir políticas públicas voltadas ao fortalecimento e à modernização do segmento e para implantação de um grande programa de extensão tecnológica. Confira os principais trechos.

    Qual é o atual cenário do setor de micro e pequenas empresas?

    Existe um alto índice de mortalidade de micro e pequenas empresas no Brasil. Por ano, são criadas 720 mil, mas desse total, 650 mil são fechadas, de acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).  Somente 10% das micro e pequenas empresas têm 20 anos. Dos empreendimentos registrados, 98,5% são formados pelo micro empresariado. Os meios de produção estão concentrados na mãos de 6% da população. É uma concentração de riqueza muito grande. O Brasil é a sexta economia do mundo em PIB (Produto Interno Bruto), mas, por outro lado, tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muito baixo, por isso, estamos na posição de 81ª.

    O que faz ser alto o índice de empresas fechadas?

    Em parte tem como causa o analfabetismo funcional, em outra parte, o analfabetismo tecnológico.  A população que tem entre 15 e 64 anos é composta por 130 milhões de pessoas. Desse total, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera que 50 milhões são analfabetos funcionais. Essas pessoas não entram no ‘mercado de trabalho do conhecimento’. Existe também o analfabetismo tecnológico de empresas, porque elas não têm assistência em inovação e tecnologia. O governo acha que somente atacando a questão da gestão e do financiamento vai resolver o problema. Mas o setor precisa de mais.

    Quais são as medidas necessárias para  reduzir o fechamento de empresas?

    São necessárias quatro tipo de assistências. Assistência gerencial, que trata da gestão e o marketing, cujo trabalho o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ) faz com muita competência. A outra assistência é a financeira. Os bancos de financiamento e de desenvolvimento, como Caixa Econômica, BNDES etc, já oferecem recursos acessíveis e atrativos. A terceira é a mercadológica, assistência de mercado. Neste caso, existem alguns projetos de lei em andamento e outros já aprovados, diminuindo a carga tributária, por exemplo. De uma maneira geral, essas três assistências estão sendo tratadas pelo governo. Mas tem ainda a “quarta perna”, para a qual não existem políticas públicas claras. É a da assistência tecnológica, que leva à inovação. O empresário pode ter um bom gerente, ter crédito, mas vai terminar quebrando se não tiver permanentemente se atualizando nesse mercado competitivo.

    Como seria a assistência tecnológica?

    Já que temos um analfabetismo funcional muito alto, temos que pensar em programas de capacitação. Outra iniciativa importante seria oferecer serviços laboratoriais com tecnologias já disponíveis nas prateleiras das universidades e dos institutos. O atraso tecnológico existe porque as empresas estão distantes de quem tem o conhecimento. Portanto, precisamos dessa aproximação.  Depois, os serviços de propriedade industrial. Existem pequenos empresários inventores, mas que não sabem garantir a propriedade intelectual, patentear produtos. Outro serviço é o de metrologia, para certificar os produtos de qualidade. Os Estados Unidos, por exemplo, recém abriram 300 centros tecnológicos em 50 estados para assistir as pequenas empresas.

    Existem propostas concretas para fornecer esse tipo de serviço às micro e pequenas empresas?

    Propomos a criação de uma grande rede nacional de extensão tecnológica voltada para as micro e pequenas empresas. Pode surgir a partir dos institutos federais, que estão presentes em 401 municípios. Se criarmos nos municípios cinco CVT’s (Centros Vocacionais Tecnológicos), dentro do já existente programa do Ministério da Ciência e Tecnologia, alcançaremos 2,4 mil municípios. E se integrarmos, ainda, o projeto à rede do Sebrae, que abrange mais de 700 municípios, faremos uma revolução nesse país. Também defendemos um projeto de compra e serviços governamentais. Nele, orientamos o que o governo pode comprar da micro e pequena empresa. Porque, apesar da grande representatividade, elas não conseguem participar dos editais de licitação, pois o avanço tecnológico exigido no edital é muito grande. 

    Quem custearia o projeto?

    Cada centro tecnológico custa em torno de R$ 3 milhões. Se programarmos mil unidades até 2014, necessitaríamos de R$ 3 bilhões. Em termos de orçamento da União, é perfeitamente viável. O projeto seria operado por bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), com bolsas de extensão tecnológica. Cada centro precisa de cinco bolsistas, então seriam cinco mil bolsas. Ora, hoje, o CNPq dispõe de 60 mil bolsas para atender a programas de mestrado e doutorado. Criar mais cinco mil não seria nada. É uma decisão de natureza política. Soluções existem, o que precisamos é de compromisso político. Eu acredito na micro e pequena empresa, principalmente do ponto de vista social. É ela que contribui para diminuir a disparidade entre ricos e pobres, é ela que proporciona uma melhor distribuição de renda.

    Assessoria de Comunicação da Abert


    Um caso inusitado de violência contra uma equipe de jornalismo em Eldorado dos Carajás, no Pará, está sendo investigado pela polícia do Estado.

    No último dia 1º, o produtor e cinegrafista Thiago Silva, 26, e o motorista Rafael Vieira, 22, da equipe de reportagem da TV Record e da Rádio Liderança FM,  de Curionópolis, foram apedrejados por cerca de 15 pessoas quando registravam ruas esburacadas e problemas de atendimento no hospital municipal da cidade. Eles sofreram escoriações pelo corpo e tiveram roubados câmera, microfone e outros equipamentos.

    Thiago Silva conta que recebeu ameaças de um homem conhecido como “Robertinho”, assessor do atual prefeito da cidade, Genival Diniz, enquanto tentava fazer imagens do hospital. A agressão, segundo o produtor, ocorreu cerca de 30 minutos depois, quando a equipe de reportagem se deslocou para filmar uma rua do bairro Setor 5, a 100 metros do hospital municipal.

    Depois que concluíram as filmagens, a equipe foi surpreendida com a chegada de uma van que transportava o grupo. Os homens começaram a atirar pedras contra Thiago e Rafael que correram. Depois, quebraram vidros, furaram pneus e amassaram o capô do carro da emissora.

    Os dois só não foram linchados, segundo Thiago, porque algumas pessoas os socorreram. A polícia esteve no local, mas não prendeu nenhum dos agressores.

    “Fiquei muito nervoso. Na hora não pensamos em nada, só em proteger a nossa integridade física. É um caso lamentável. Pensei até em largar a profissão”, diz Thiago. Ele e Rafael registraram boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

    A Abert divulgou nota sobre o caso, pedindo as autoridades do Estado que apurem as circunstâncias do fato e identifiquem seus autores “que, evidentemente, buscaram intimidar os profissionais e impedir a realização de seu trabalho”.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O Brasil possui uma população escolar de mais de 45 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos. Contudo, 3,8 milhões de crianças nessa faixa etária ainda estão fora da escola, e um terço dos alunos que deveriam estar no Ensino Médio ainda encontram-se no Fundamental. A informação consta do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2012, lançado nesta quarta-feira (9), pelo Movimento Todos Pela Educação, em parceria com a Editora Moderna. A Abert apoia a iniciativa.

    O evento aconteceu na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, com a presença  do secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Cesar Callegari, e de representantes de organizações não governamentais ligadas à educação. O documento reúne os principais indicadores da educação básica brasileira, informações sobre as políticas públicas executadas pelo governo e diversas análises de especialistas.

    De acordo com a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscilla Cruz, o ritmo de evolução da educação no país ainda é lento. “Estamos conseguindo avançar, mas não da forma que o país precisa e que os jovens precisam para atuar de forma cidadã e consciente”, explica.

    O secretário nacional de Educação Básica, Cesar Callegari, destacou que o anuário é uma fotografia da educação brasileira, que mostra evoluções mas também “o enorme caminho a ser percorrido para se chegar à educação de qualidade para todos no País”. Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o Brasil está melhorando no setor da educação, mas não na velocidade necessária para enfrentar as exigências educacionais do mundo moderno.

    Desafios - Na opinião de Priscilla Cruz, entre os desafios da educação brasileira para 2012 está a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas e estratégias importantes, como o financiamento educacional. O plano aguarda votação no Congresso ainda para este mês.

    De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, “há necessidade de ampliarmos o investimento em educação para darmos conta da plena implementação do PNE”. Segundo ele, uma das maiores prioridades desta nova gestão é a alfabetização até os oito anos como direito das crianças. Segundo o IBGE, 15,2% é o percentual de crianças não alfabetizadas com oito anos. Entre aqueles com 15 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo é de 9,7%. Ao todo, são 14,1 milhões pessoas nessas condições no país.

    Mudanças - Recentemente, o ensino fundamental passou a ter nove anos, enquanto a pré-escola e o ensino médio tornaram-se obrigatórios. O texto constitucional aprovado em 2009 institui a obrigatoriedade da Educação Básica gratuita para todos com idade de 4 a 17 anos, com implementação pelas redes privadas prevista até 2016.

    A procura pela educação profissional, que engloba ensino técnico, de nível médio, e a educação tecnológica, de nível superior, vem aumentando ano a ano, ganhando uma ampliação no número de vagas. A meta é disponibilizar, até 2014, oito milhões de vagas com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

    Foto: João Bittar/MEC

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu na terça-feira prazo de 60 dias para consulta pública que altera seu regimento interno. A reformulação definitiva será aprovada no segundo semestre.

    As sugestões de reestruturação interna partiram de diagnóstico da agência, cujos departamentos e gerências teriam dificuldade de atuar de forma integrada. A proposta também prevê mudanças nos procedimentos internos para dar celeridade à tramitação de processos e diminuir o volume de demandas repetitivas, por exemplo.

    Entre os principais eixos da mudança está a modernização da estrutura para atender às demandas da convergência tecnológica e a descentralização do poder decisório, com a divisão de competências entre diferentes departamentos. Atualmente existem 24 mil processos em análise e todos eles podem chegar ao Conselho Diretor.

    Outra importante alteração é que as competências passarão a ser divididas por processos (regulamentação, outorgas, controle e sanções, fiscalização, homologação e certificação de produtos etc) e não mais por serviços (privados, públicos e de comunicação de massa).
    A agência pretende ainda aumentar a eficácia regulatória e transferir o foco do controle repressivo para o preventivo, amenizando a ênfase nas sanções.

    O documento inclui também procedimentos que hoje são regidos por súmulas e portarias e não estão previstos no regimento atual.
    Novas superintendências - A proposta prevê a criação de oito novas superintendências, responsáveis diretamente por atribuições que hoje são concentradas no Conselho Diretor.  Os escritórios regionais serão mais integrados à estrutura, para ‘aproximá-los’ mais da administração da agência.

    Novas superintendências - A proposta prevê a criação de oito novas superintendências, responsáveis diretamente por atribuições que hoje são concentradas no Conselho Diretor.  Os escritórios regionais serão mais integrados à estrutura, para ‘aproximá-los’ mais da administração da agência.

    As novas superintendências são: Planejamento Regulatório; Fiscalização; Outorga e Recursos à Prestação; Controle de Obrigações; Competição; Relações com os Consumidores; e Administração e Finanças (veja aqui as atribuições, na análise do portal Telesíntese).

    Para o conselheiro relator da proposta, Marcelo Bechara, a "nova" Anatel terá de ser assimilada pelo mercado, que precisará se adequar à nova forma de abordagem das demandas encaminhadas.

    Assessoria de Comunicação da Abert

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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